INDICAÇÃO + REVIEW: THE ACES

By Lívia Medeiros - 10:19

Qual é a sua banda favorita?

Oi, pessoal! Espero que estejam bem. Hoje vou falar sobre música. Sabe aquele artista que você escuta assim que acorda porque já se sente bem ouvindo qualquer música? Ou aquele que você pode escutar milhões de vezes que parece que nunca vai perder a graça? Vou falar sobre esse sentimento.

Esse post é na verdade uma homenagem à minha banda favorita dos últimos tempos e como mudou minha vida: The Aces.


SOBRE A BANDA

A música de The Aces é universalmente relacionável e, ainda assim, profundamente pessoal, mostrando uma confiança que só o tempo e a verdadeira amizade podem trazer. Composta por 4 mulheres de Provo, Utah - nos EUA - sendo elas as irmãs Cristal (vocal, guitarra) e Alisa (bateria), Katie (guitarra) e McKenna (baixo). A banda de pop alternativo/ indie-pop tem apenas dois álguns de estúdio e um EP. Todas amigas desde a escola primária, exploram o crescimento e a paixão no século 21 com uma relação sincera, honesta e cativante. (Traduzido do Spotify).

Mas por que eu sou tão fascinada por essa banda? Sinceramente, não sei dizer só uma coisa. As músicas são animadas e divertidas, com letras sinceras e às vezes tristes e reais demais. Ou talvez seja por causa das membros. Já acompanho elas a tempo demais em redes sociais, vlogs e tudo mais para me sentir mais conectada de alguma forma. Quem nunca teve vontade de conhecer algum famoso e fazer amizade, né?

Elas tem cerca de 25 anos - uma idade mais ou menos próxima da minha? - e são todas bem presentes nas redes sociais, nos memes, são extrovertidas e engajadas. A baixista McKenna é a pessoa mais paz e amor que conheço, faz receitas fitness, meditações e coisas assim, a Alisa e Cristal são irmãs divertidas e fofas demais pro meu coração, e a Katie de vez em quando posta algo tocando guitarra ou piano e cantando também. Enfim, maravilhosas.


MINHA HISTÓRIA

Lá por meados de 2018 (coincidentemente o ano que seu primeiro álbum foi lançado) eu estava ouvindo mais pop-rock que o normal, e a banda 5 Seconds of Summer lançou o álbum "Youngblood", e eu fiquei muito viciada na época. Quando você usa o Spotify e encerra uma playlist ou álbum é comum tocar músicas relacionadas e lá estava The Aces! (quer dizer, eu não lembro se foi assim que aconteceu mas tem uma chance de 96% de eu ter conhecido por causa disso). Elas estavam na tour de Youngblood abrindo o show deles na época então acho que faz sentido. Quando me dei por conta só sabia ouvir "Bad Love" e "Last One" sem parar. Foi só uma questão de tempo até procurar os videoclipes e escutar todas as músicas - e, infelizmente, eu tinha que me contentar só com 13 músicas.

Elas me influenciaram tanto que, quando comecei a praticar bateria no mesmo ano, sempre tocava um pouco de suas músicas do primeiro álbum. E em 2020 - quando aquele famoso tédio da quarentena bateu - também aprendi algumas músicas no violão e guitarra. Até que algumas são bem fáceis! Talvez seja por isso que sempre tive uma conexão com elas. Vê-las tocando me inspira a fazer o mesmo, especialmente a Alisa que é super animada na bateria.

WHEN MY HEART FELT VOLCANIC


Eu acho que o primeiro álbum é simplesmente maravilhoso para uma estreia. Tem músicas animadas, viciantes (não de um jeito chiclete), do tipo que você pode ouvir no repeat e não enjoa. As letras são interessantes e a maioria falam de amor, términos e coisas do tipo de um jeito diferente que estamos acostumados. Aquele pop leve e relaxante em uma hora, e na outra do tipo que você quer dançar e pular muito.

Diga-me, você está mesmo nisso
Porque acabei de tentar em um minuto
E desse jeito, de repente
Não resta mais nada
Just Like That

Outra coisa que eu sempre gostei sobre WMHFV é a identidade visual. Os photoshoots são a coisa mais linda e me apeguei à capa do álbum e suas cores vibrantes, e cada uma delas tem uma cor própria. Os videoclipes também são bem divertidos, alguns deles a própria Alisa dirigiu. Volcanic Love é o meu vídeo favorito delas!


A voz da Cristal também é tão doce e rouca ao mesmo tempo, dá pra reparar em músicas mais lentas como Waiting For You e Put it On The Line:

E eu espero que você saiba que eu te quero
Eu estive sentado aqui esperando
Eu estive esperando por você
Waiting For You

É impressionante ver como essas garotas fizeram tanta coisa já bem novas. Acho que a amizade delas ajuda muito nisso. Já com o primeiro álbum elas fizeram uma tour nos EUA e na Europa (será que um dia o Brasil vem aí? Duvido, mas não custa nada sonhar). 

UNDER MY INFLUENCE


Foi aqui que meu surto começou de verdade. Eu não sei bem o motivo, mas em 2019 acabei não escutando tanto as meninas e fiquei por fora do que estava rolando. Apenas no início de 2020 que vi um single novo "Daydream" e ouvi! Me despertou de novo e prestei mais atenção nelas. E adivinhem, elas estavam fazendo um álbum novo programado pra lançar na metade do ano! 

Sonhe acordada comigo
E eu sei que você odeia as noites sem mim
Baby, eu também odeio
Mas você sabe, você sabe,você sabe
Estou voltando para você
Daydream

A questão é que Under My Influence não é nada como o anterior! E o choque veio de um jeito maravilhoso.

Poucos meses depois do lançamento do single veio o EP "Kelly", com músicas com uma pegada diferente, mais ousadas e viciantes. Juro pra vocês que ouvi sem parar e sem cansar.
Acho que "Los Angeles" é minha favorita até hoje (detalhe: foi minha música mais ouvida no Spotify ano passado). Além disso, "Kelly" foi a primeira música em que elas usaram pronomes femininos, o que mostra a liberdade delas nesse álbum, falando mais de amor e de suas sexualidades (3/4 das membros são LGBT) e isso é incrível! Eu fiquei muito feliz.

Cada música passa uma mensagem importante e tocante, cada vez mais pessoal. Acho que não são tão consistentes e homogêneas quanto as do WMHFV, mas mesmo assim é um ótimo álbum experimental!


Músicas para dançar e cantar bem alto: Daydream, New Emotion (que música viciante meu pai amado!!!), My Phone is Trying To Kill Me, Los Angeles, Zillionaire.

Músicas para sofrer: All Mean Nothing, I Can Break Your Heart Too, Not Enough, Cruel (essa aqui só DÓI), Tought of You e Going Home (que letra linda!).

Por que eu tenho que amar algo ruim?
Você não pode machucar alguém novo?
Por que me proteger para devolver tudo?
Como estou de volta à estaca zero com você?

Oh, eu me perdi
Em um inferno vicioso
De pensar que você vai mudar
Quando eu sei que você nunca faz
Por que eu tive que voltar para você?
Por que eu tive que me apaixonar por alguém cruel?
Cruel

Na época de 2019 fiquei sabendo que a vocalista Cristal saiu de um relacionamento muito tóxico, então ela e Alisa escreveram Cruel, All Mean Nothing e I Can Break Your Heart Too sobre. Se você ouvir bem e ler as traduções dá um aperto no coração com tudo. A voz da Cristal então... Vai lá na minha alma.


De vez em quando eu me pergunto qual minha favorita do álbum e sempre muda, mas enquanto escrevo esse post digo que é a faixa "801". O baixo é muito bom, a música é quase um reggae, você viaja demais, dança e canta ao mesmo tempo. Fala sobre o lugar onde elas viveram, o estado de Utah, que é muito religioso e como foi difícil crescer num lugar tão conservador sendo LGBT. Elas foram no primeiro clube gay próximo de onde moravam e viram como havia tanta gente como elas, até mesmo pessoas da mesma escola, e como ali estavam livres para serem quem quisessem! É uma música incrível.

Vamos deixar todas essas coisas
Que fomos ensinados por trás
Porque sermos nós mesmos
Nunca poderia ser um crime
Então, o que sua mãe pensa?
Então, o que seu pai pensa?
Esqueça o que eles pensam
801

Acho que depois de tudo isso é óbvio que vou dizer pra vocês escutarem essa banda linda, né? Tenho uma playlist no Spotify com todas as músicas logo aqui. Para ouvir no youtube é só ver um dos videos que deixei aqui ao longo do post.

Agora basta esperar as próximas músicas virão em breve (elas já estão gravando!) e depois talvez eu faça uma review aqui!

Até mais ❤



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